Santa Teresinha do Menino Jesus e a Pequena Via

PEQUENA VIA

Santa Teresinha escreveu que, no fim do mundo teremos muita surpresa ao ler a história de muitas pessoas e, então: “haverá pessoas admiradas ao ver o caminho pelo qual eu fui conduzida!...”. E qual o caminho pelo qual a Santa foi conduzida? Certamente não foi um caminho infantil e doce, mas palmilhado na cruz do Senhor. O caminho de Santa Teresinha foi especial, foi uma espiritualidade, que Deus lhe revelou no secreto de sua alma e o tendo descoberto, ela revelou os segredos do rei a todos nós.

Vejamos como isso aconteceu.

Santa Teresinha sempre quis ser uma santa, e mesmo diante da grandeza dos santos e da sua pequenez e fraqueza, nunca desanimou. Considerando-se como era, ela disse: “devo me suportar tal qual eu sou com todas minhas imperfeições, mas quero procurar o meio de ir para o Céu por um pequeno caminho bem reto, bem curto, um pequeno caminho todo novo”.

E como é esse Pequeno Caminho?

Esse Pequeno Caminho é toda a espiritualidade de Santa Teresinha. Mas, se quiséssemos salientar as bases e as características da espiritualidade do Pequeno Caminho, poderíamos dizer que é o caminho do amor; o caminho da humildade e da humilhação; o caminho da pequenez e da pobreza; o caminho da confiança e do total abandono; o caminho da simplicidade de uma criança; o caminho da obediência cega à vontade divina. Há dois textos teresianos que, de forma sintética, revelam os pontos chaves do “Pequeno Caminho”. Ei-los:

“Meu caminho é todo de confiança e de amor, não compreendo as almas, que têm medo de um amigo tão terno. Às vezes, quando leio certos trados nos quais a perfeição é mostrada mediante mil entraves, cercada de uma multidão de ilusões, meu pobre espiritozinho logo se cansa, fecho o sábio livro que me quebra a cabeça e seca meu coração e pego a Sagrada Escritura. Então, tudo me parece luminoso, uma só palavra abre à minha alma horizontes infinitos, a perfeição me parece fácil, vejo que basta reconhecer seu nada e abandonar-se como uma criança nos braços do Bom Deus.Deixando às grandes almas, aos grandes espíritos os belos livros que não posso compreender, ainda menos pôr em prática, alegro-me por ser pequena, pois que só as crianças e os que se lhes assemelham serão admitidos ao banquete celeste. Fico feliz porque há muitas moradas no reino de Deus, pois senão houvesse senão aquelas cuja descrição e caminho me parecem incompreensíveis, eu não poderia entrar nele.”
“Devemos ir para o céu pelo mesmo caminho, o do sofrimento unido ao amor. Quando chegar ao porto, eu lhe ensinarei, querido irmão de minha alma, como você deve navegar sobre o mar encapelado do mundo com o abandono e o amor de uma criança, que sabe que seu Pai a ama e não poderia deixá-la só na hora do perigo. Ah, como quisera fazê-lo compreender a ternura do Coração de Jesus, o que Ele espera de você! Compreendi, mais que nunca, que sua alma é irmã da minha, pois que é chamada a se elevar para Deus pelo ascensor do amor e não a subir a rude escada do temor...”
O “Pequeno Caminho” foi a estrada pela qual Santa Teresinha caminhou em direção a casa do Pai neste mundo, mas ela não guardou para si somente os segredos do Rei, ela os revelou, ensinou-os e sempre desejou, embora sabendo que devemos respeitar as preferências pessoais, que muitos seguissem o seu “Pequeno Caminho”. A esse propósito, eis o que escreveu a Santa no seu afã de que muitos palmilhassem o seu “Pequeno Caminho”:
“Quero ensinar aos outros o caminho da confiança e do total abandono. Quero lhes ensinar os pequenos meios que me serviram tão bem, dizer-lhes que só há uma coisa a fazer nesta terra: jogar para Jesus as flores dos pequenos sacrifícios, pegá-lo mediante carícias, foi assim que o peguei e é assim que serei tão bem recebida”. “Que me importa que seja eu ou outra pessoa que dê esse caminho aos outros; contanto que ele seja apresentado, não importa o instrumento!”.


A Sagrada Família e o Pequeno Caminho

O melhor exemplo e modelo para a vivência da espiritualidade do Pequeno Caminho é a Sagrada Família de Nazaré.

Vejamos algumas constatações dos que experimentaram isso de perto e partilham suas descobertas.


Maria, a Mãe amantíssima que sempre caminha conosco.
E Maria? Sem Ela, mãe amantíssima, como nos atreveríamos a encaminhar-nos, pobres que somos, por caminho inexplorados? Jesus, Maria e José, anjos e nossos santos protetores, queremos caminhar convosco: qual é o caminho mais seguro? (São José Marello)
A vida de Sao José nos mostra o que foi para ele o Pequeno Caminho 
São José não fez coisas extraordinárias, mas com sua constante prática das virtudes ordinárias e comuns chegou àquela santidade que o eleva sobre todos os santos. (São José Marello)
A vida de Jesus é o exemplo máximo de alguém que optou pelo Pequeno Caminho 
Também Jesus não fez sempre atos extraordinários e heróicos, como o deixar a sua Mãe e morrer na cruz, mas quantos pequenos atos de virtude fez Ele e com quantos méritos. (São José Marello)

Ensinamentos dos Santos. Um frase para cada dia.


1. Não sei verdadeiramente como se pode pensar na Rainha dos Anjos, no tempo em que passou com o Menino Jesus, sem dar graças a São José, pelo auxílio que lhes prestou.

(Santa Teresa de Jesus)

2. Aprenda no coração de sua Mãe como se ama a Jesus.(Beata Maria Maravilhas de Jesus)
3. Que possamos voltar o olhar à Mãe de Deus, Maria, nas bodas de Caná O seu olhar silencioso e perscrutador observa tudo e repara onde falta alguma coisa. E antes que alguém perceba e ocorra algum embaraço,ela já prestou a sua ajuda. Encontra meios e modos, dá as indicações necessárias, e isso tudo em silêncio, sem deixar perceber nada. (Santa Teresa Benedita da Cruz)
4. Não te iludas: precisas de amparo. E esse amparo é a humilde Virgem Maria, posta por Deus para ser esteio de nossa fragilidade, como outrora para sustento, defesa e guarda da infância do Verbo Encarnado. (Serva de Deus, Madre Maria José de Jesus)
5. Tenho encontrado a esta Virgem soberana, sempre que me tenho encomendado a Ela.

(Santa Teresa de Jesus)

6. Pede a SS. Virgem que seja teu guia, que seja a estrela, o farol que brilhe no meio das trevas de tua vida. (Santa Teresa dos Andes)
7. É tão suave nossa Mãe, tão compassiva e boa, que nem se pode chamar sofrimento o que se padece sob seu materno olhar, no agasalho de seu coração.

(Serva de Deus, Madre Maria José de Jesus)

Sobre o Ícone do Senhor das Santas Chagas (Padre Reginaldo Manzotti).

Filhos e filhas,

Na tarde do último domingo, dia 28 de fevereiro, tive a graça de partilhar a imagem oficial para devoção pública e pessoal das Santas Chagas de Jesus.

Tudo começou nas 24 horas em Oração do ano passado quando foi pedido a Deus: “dai-nos uma devoção fruto do Teu Coração”. E foi quando nos veio a Devoção das Santas Chagas de Jesus. Primeiro veio ícone, que está no Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba (PR), abrindo a porta capela do Santíssimo Sacramento. 

Sobre o Ícone do Senhor das Santas Chagas assim se expressou o Teólogo e artista Paulo Biscaia: “a iconografia cristã tem por objetivo principal retratar o mistério de Cristo, da Igreja, dos Santos. As cores e gestos retratados nas figuras cristãs colaboram para a apresentação do mistério de Deus entre os homens”. 

No ícone retratado, as cores pelas quais as vestes são representadas seguem o perfil adotado pela escola iconográfica do Mosteiro da Ressurreição em Ponta Grossa, que possui grande referência na pessoa de D. Ruberval Monteiro – OSB, cujas obras encontram-se espalhadas ao longo do território nacional, e também no exterior, sobretudo na Itália.

O azul ao mesmo tempo que é a cor do cosmos, do criado, é a cor do Criador, símbolo Dele. O vermelho apresenta a realidade do sangue e da paixão, do humano que é sacrificado, do martírio. Também a cor da realeza e do poder. Assim, fica entendido que tanto no azul como no vermelho aparecem os símbolos da humanidade e da divindade. 
No dourado ou ouro, as tradições do oriente, bizantina e russa, atribuem a iluminação e o esplendor da eternidade. Amarelo e ouro assumem no conjunto iconográfico a iluminação da Luz de Deus.

As chagas não estão sangrando, e de fato são como um furo, de prego. As Santas Chagas de Jesus dolorosas e gloriosas são presentes, mas não estão sangrando mais. 

O rosto de Jesus tem um olhar firme, não é de um adolescente nem de um ancião, é de um home de 33 anos que não tem sorriso e nem tristeza, tem afirmação, profundidade.

Os pés estão calçados com sandálias, ressaltando a importância da missão: Ide e evangelizai a todos os povos. Estar a serviço! 

Com uma mão ele lembra, sou Deus uno e trino, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, mas na outra mão um envio, porque evangelizar é preciso.

Existem alguns elementos importantíssimos que não se deve perder ou mudar:

cruz, onde Jesus foi capaz de chegar, por amor. Esse elemento deve nos lembrar de onde Ele esteve e que nós também somos chamados a carregar a nossa cruz.

resplendor porque aquele que perseverar até o fim será salvo em Cristo Jesus. 

pedra do sepulcro não é mais empecilho para Cristo, ela está atrás dele, menor que ele, sendo apenas memória, pois a pedra rolou e o sepulcro vazio, Ele deixou. E assim como Ele rolou a pedra do sepulcro, Ele vai rolar as pedras do nosso caminho.

Jesus está pisando de uma tampa mortuária, como que se estivesse dizendo: eu venci a morte!

Assim, a iconografia em seus símbolos abre as portas à catequese, à promessa eterna e ilimitada de um Deus que sendo eterno entra no tempo dos homens. 

Por fim, O Senhor das Santas Chagas nos ensina que por meio de suas chagas somos curados, somos evangelizados, somos evangelizadores. Nos ensina que quando tocamos seu lado podemos abandonar a incredulidade. Ensina ainda que ao tocar suas chagas podemos experimentar a alegria da Ressurreição.

Das chagas divinas emana a força da Igreja que segue e acredita que Evangelizar é preciso.

Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti

Oração de preparação para a Páscoa. (Salmo 30).

1Ao mestre de canto. Salmo de Davi.
2Junto de vós, Senhor, me refugio. Não seja eu confundido para sempre; por vossa justiça, livrai-me!
3Inclinai para mim vossos ouvidos, apressai-vos em me libertar. Sede para mim uma rocha de refúgio, uma fortaleza bem armada para me salvar.
4Pois só vós sois minha rocha e fortaleza: haveis de me guiar e dirigir, por amor de vosso nome.
5Vós me livrareis das ciladas que me armaram, porque sois minha defesa.
6Em vossas mãos entrego meu espírito; livrai-me, ó Senhor, Deus fiel.
7Detestais os que adoram ídolos vãos. Eu, porém, confio no Senhor.
8Exultarei e me alegrarei pela vossa compaixão, porque olhastes para minha miséria e ajudastes minha alma angustiada.
9Não me entregastes às mãos do inimigo, mas alargastes o caminho sob meus pés.
10Tende piedade de mim, Senhor, porque vivo atribulado, de tristeza definham meus olhos, minha alma e minhas entranhas.
11Realmente, minha vida se consome em amargura, e meus anos em gemidos. Minhas forças se esgotaram na aflição, mirraram-se os meus ossos.
12Tornei-me objeto de opróbrio para todos os inimigos, ludíbrio dos vizinhos e pavor dos conhecidos. Fogem de mim os que me vêem na rua.
13Fui esquecido dos corações como um morto, fiquei rejeitado como um vaso partido.
14Sim, eu ouvi o vozerio da multidão; em toda parte, o terror! Conspirando contra mim, tramam como me tirar a vida.
15Mas eu, Senhor, em vós confio. Digo: Sois vós o meu Deus.
16Meu destino está nas vossas mãos. Livrai-me do poder de meus inimigos e perseguidores.
17Mostrai semblante sereno ao vosso servo, salvai-me pela vossa misericórdia.
18Senhor, não fique eu envergonhado, porque vos invoquei: Confundidos sejam os ímpios e, mudos, lançados na região dos mortos.
19Fazei calar os lábios mentirosos que falam contra o justo com insolência, desprezo e arrogância.
20Quão grande é, Senhor, vossa bondade, que reservastes para os que vos temem e com que tratais aos que se refugiam em vós, aos olhos de todos.
21Sob a proteção de vossa face os defendeis contra as conspirações dos homens. Vós os ocultais em vossa tenda contra as línguas maldizentes.
22Bendito seja o Senhor, que usou de maravilhosa bondade, abrigando-me em cidade fortificada.
23Eu, porém, tinha dito no meu temor: Fui rejeitado de vossa presença. Mas ouvistes antes o brado de minhas súplicas, quando clamava a vós.
24Amai o Senhor todos os seus servos! Ele protege os que lhe são fiéis. Sabe, porém, retribuir, castigando com rigor aos que procedem com soberba.
25Animai-vos e sede fortes de coração todos vós, que esperais no Senhor.

Se lhes viramos as costas, viramos as costas a Cristo. (Madre Teresa de Calcutá)

Os pobres têm sede de água, mas também de paz, de verdade e de justiça. 

Os pobres estão nus e têm necessidade de roupas, mas também de dignidade humana e de compaixão para com os pecadores. 

Os pobres estão sem abrigo e têm necessidade de um abrigo feito de tijolos, mas também de um coração alegre, compassivo e cheio de amor. 

Eles estão doentes e têm necessidade de cuidados médicos, mas também de uma mão amiga e de um sorriso acolhedor.

Os excluídos, 
os que são rejeitados, 
os que não são amados, 
os prisioneiros, 
os alcoólicos, 
os moribundos, 
os que estão sós e abandonados, 
os marginalizados, os intocáveis e os leprosos [...], 
os que estão na dúvida e confusos, 
os que não foram tocados pela luz de Cristo, 
os que têm fome da palavra e da paz de Deus, 
as almas tristes e angustiadas [...], 
os que são um fardo para a sociedade, 
os que perderam toda a esperança e a fé na vida, 
os que se esqueceram como se sorri e 
os que já não sabem o que é receber um pouco de calor humano, um gesto de amor e de amizade;
todos eles se voltam para nós para serem reconfortados. 

Se lhes viramos as costas, viramos as costas a Cristo.

Beata Made Teresa de Calcutá.

10 coisas surpreendentes que acontecem quando você faz Adoração com frequência

O progresso interior vai refletir a sua maravilhosa transformação!

A Eucaristia é descrita no Catecismo como fonte e ápice da nossa fé. Encontrar tempo para fazer Adoração Eucarística pode ser difícil, mas, se você conseguir, poderá perceber resultados surpreendentes!

"Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, pronunciou a bênção, o partiu e deu a eles, dizendo: Tomai, isto é o meu corpo. Em seguida, tomou o cálice, deu graças, o entregou a eles e todos beberam. E Ele disse: Isto é o meu sangue, o sangue da aliança derramado por muitos" (Marcos 14, 22-24).

Na cultura de hoje, a ideia de progresso interior é drasticamente desvalorizada como “desperdício de tempo” ou “coisa dos antigos e ​​ingênuos”. Só o progresso exterior parece palpável. Mas o progresso material permanece fora de nós: ele até nos oferece alguns sentimentos positivos, mas é sempre efêmero e sem substância. Já o progresso interior significa que você está se transformando e tornando-se melhor!

O tempo que você dedica à Adoração pode surpreendê-lo de muitas maneiras. Veja aqui dez delas:

1. Você desenvolve um sentimento de admiração e maravilha

Não há nada como a atmosfera de uma capela ou igreja tranquila! O odor do incenso e o esplendor do ostensório ajudam a compreender a verdade do que está acontecendo na Adoração. Estamos realmente diante de Jesus Cristo! Seu Corpo, Seu Sangue, Sua Alma, Sua Divindade. Quanto mais se emerge no silêncio diante da Hóstia Santa, mais se compreende que a única resposta à grandeza de Deus é a maravilha, a admiração e o amor.

2. Você experimenta a paz em outras áreas da sua vida

Jesus disse: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou" (João 14, 27). A paz exterior que podemos experimentar na Adoração (a quietude e o silêncio) vai muito mais a fundo e nos leva a uma paz interior que abraça todas as áreas da nossa vida. Isto não significa que tudo ficará perfeito e sem sofrimento, mas essa paz nos fortalecerá para enfrentarmos com mais firmeza e serenidade as tempestades da vida.

3. Você começa a olhar mais para fora de si mesmo

Jesus nos disse: "Como eu vos amei, assim também vós amai-vos uns aos outros" (João 13, 34). A Adoração nos conecta ao próximo e ao mundo – afinal, estamos dedicando tempo ao Criador de tudo o que existe! Mais tempo para louvar e adorar a Deus significa mais tempo para ir além das nossas próprias preocupações e para enxergarmos as necessidades dos outros e do mundo em que vivemos.

4. Às vezes, você fica entediado...

Haverá momentos em que a Adoração parecerá “insossa”, “árida”... Você vai se distrair, a sua mente vai começar a divagar... A Adoração regular pode se estabilizar e deixar de parecer especial, mas isso não desvaloriza nem diminui a verdade da Adoração. Nossa fé é muito mais do que sentimentos e Deus continuará trabalhando em você mesmo que você não o “sinta” ou passe por momentos mais “secos”. Ainda que a sua mente divague, você está dando a Deus o melhor que pode: o seu tempo, o seu empenho e a sua companhia!

5. Você se emociona na Adoração!

Quanto mais tempo você dedica a adorar a Deus, mais você descobre que Ele ama você e quer passar tempo com você. E mais você começa a realmente querer viver esse tempo com Ele! Se a Adoração antes parecia rotina, aos poucos você percebe que deseja fazê-la! Como dizemos na missa, "é justo e necessário" dar graças ao Senhor! A Adoração a Deus está inscrita em nosso coração, e "o nosso coração está inquieto enquanto não repousa nele" (Santo Agostinho)!

6. A graça entra na sua vida

É incrível como um simples ato de compromisso com Deus, ainda que seja num curto período de Adoração, faz diferença para o resto da sua vida! Você pode manter a certeza de continuar na presença dele mesmo depois de ter saído da igreja ou da capela. A graça o apoia em todos os momentos, especialmente nos de tentação. Fica mais fácil resistir à tentação quando se dedica mais tempo à Adoração.

7. Você percebe o quanto é felizardo

Há pessoas que gostariam de passar mais tempo com Jesus em Adoração, mas não podem porque estão doentes ou têm mil tarefas necessárias no cotidiano. Há pessoas, em muitas regiões do mundo, que arriscam a vida pela Eucaristia e são perseguidas por causa da fé. Há pessoas que enfrentam situações extremamente perigosas para ficar com Jesus! E você tem o presente de poder adorá-lo abertamente, sem falar no fato de ter um sacerdote por perto para lhe administrar os sacramentos!

8. Você compreende que Deus tem senso de humor!

Quanto mais você permite que Deus lhe fale, em vez de gastar todo o seu tempo falando para Ele, mais você nota que Deus tem um grande senso de humor! Há até momentos em que você quer rir em voz alta! Talvez isto pareça surpreendente, mas os melhores pais e padres não demonstram o seu amor com bom humor?

9. Você vai querer se confessar mais vezes

Pode parecer intimidador, mas não é. A confissão nos permite experimentar o oceano ilimitado da misericórdia de Deus! Sua misericórdia engolfa todos os nossos pecados e nos dá uma liberdade real, uma liberdade sem medo, que nos permite entrar no seu Amor e na sua Bondade! A confissão fortalece a consciência de que estamos nos braços de um Pai que nos ama muito e que "nunca se cansa de perdoar" (Papa Francisco).

10. Você se apaixona!

Quando você dedica tempo de coração aberto a adorar a Deus e permitir que Cristo lhe mostre o Seu Amor, você também se apaixona! E o amor dele revela você a você mesmo e permite que você seja você mesmo! "Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância" (João 10, 10).

Então, o que você está esperando? Dedique um tempo à Adoração Eucarística e deixe Deus transformar a sua vida!

Fonte: aleteia.org (para ler o artigo direto do site de origem, clique aqui.

Deus realiza maravilhas todos os dias nas situações aparentemente tão simples.

Os milagres realizados por Nosso Senhor Jesus Cristo são obras verdadeiramente divinas; eles dispõem a inteligência humana para conhecer Deus a partir do que é visível, pois os nossos olhos tornaram-se incapazes de O ver em consequência da sua própria natureza. Com efeito, os milagres que Deus opera para governar o universo e organizar toda a sua criação, à força de se repetirem, perderam de tal modo o seu valor, que quase ninguém se dá ao trabalho de reparar que obra maravilhosa e surpreendente Ele realiza num qualquer grãozinho de semente.

É por isso que, na sua benevolência, Ele Se reserva a possibilidade de realizar, no momento escolhido, algumas acções fora do curso normal das coisas. É que aqueles que menosprezam as maravilhas de todos os dias ficam estupefactos à vista de obras que saem do normal, e todavia nem reparam naquelas. Governar o universo é na verdade um milagre maior do que saciar cinco mil homens com cinco pães! E contudo ninguém se espanta com isso. [...] Com efeito, quem alimenta ainda hoje o universo senão Aquele que, com alguns grãos, cria as ceifas?

Cristo age, pois, em Deus. É pelo seu poder divino que faz sair abundantes colheitas de um pequeno número de grãos, e foi por esse mesmo poder que multiplicou os cinco pães. As mãos de Cristo estavam cheias de poder. Esses cinco pães eram como que sementes que, mesmo não tendo sido lançadas à terra, foram multiplicadas por Aquele que fez o céu e a terra.

(Santo Agostinho).

Na família... no trabalho... preciosos ensinamentos de Santa Teresinha

Então faça a experiência de oferecer os seus pequenos gestos a Deus também. 

Na sua família, busque obedecer e amar seus pais, amar os seus irmãos, perdoar as ofensas deles e saber pedir perdão pelas suas ofensas contra eles. Faça os pequenos serviços domésticos com amor, sempre de boa vontade, evitando resmungar ou mesmo julgar seus parentes. 

No trabalho, faça tudo com amor e o melhor que puder. Sirva aos seus colegas de trabalho e ao seu patrão com diligência, sem recusar-lhes nenhuma ajuda. Busque ter conversas santas, falando sobre as coisas do dia-a-dia pensando nas coisas do Céu. Não blasfeme, suporte cada dor com paciência, associando sua cruz à de Jesus. Não fofoque, não fale mal dos seus colegas e não seja omisso diante de injustiças. 

Reze por todos, todos os diasEstando entre amigos, faça de cada gesto de carinho um convite à santidade. Fuja das conversas vazias e maliciosas, não embarque nas brincadeiras ofensivas e não ceda à luxúria. Trate seus amigos como se eles fossem o Senhor Jesus. Com todos seja respeitoso. Busque encontrar motivos para se alegrar em Deus ao invés de ceder à tristeza.

(Santa Teresinha do Menino Jesus).

É muito importante e muito difícil, mas você podem, pelo bem de seus filhos. (Papa Francisco)

O Papa Francisco faz um apelo/convite aos pais separados: É muito importante e muito difícil, mas você podem, pelo bem de seus filhos. (Papa Francisco)

Clique no vídeo abaixo e ouça o Papa:



(Com Rádio Vaticano)

O devido respeito para com a Sagrada Eucaristia.

Apesar de toda catequese da Igreja sobre a Eucaristia, ainda hoje Jesus é muito desrespeitado e profanado na Hóstia Santa


Os Sacramentos que Cristo deixou na Igreja transmitem a graça da salvação que Ele conquistou pela sua morte e ressurreição; mas a sagrada Eucaristia vai mais além, porque é o centro da fé católica; é o maior de todos os Sacramentos porque nele Cristo está vivo, em corpo, sangue, alma e divindade.

Há dois mil anos, desde que pela primeira vez Jesus celebrou a Eucaristia na Santa Ceia, nunca mais a Igreja deixou de realizá-la. Além disso, Cristo na Hóstia sagrada, vítima oferecida em sacrifício, é guardado nos Sacrários para ser adorado pelos fiéis e levado aos doentes. Mas, apesar de toda catequese da Igreja sobre a Eucaristia, ainda Jesus é muito desrespeitado e profanado na Hóstia santa.

Os santos da vida quotidiana. (Por: Papa Francisco)

Cidade do Vaticano (RV) – Não basta se declarar cristão, é preciso agir : comentando o Evangelho da casa construída sobre a rocha ou sobre a areia, na missa desta manhã o Papa Francisco convidou a não ser cristãos de aparência, mas a colocar em prática o amor de Jesus.
Para o Pontífice, não basta pertencer a uma família muito católica, a uma associação ou ser um benfeitor se, depois, não se segue a vontade de Deus. “Muitos cristãos de aparência caem nas primeiras tentações”, afirmou, porque não têm “substância”, construíram sua casa sobre a areia. Ao invés, há muitos santos no povo de Deus – não necessariamente canonizados – que colocam em prática a Palavra de Deus. Construíram a casa sobre a rocha, que é Cristo:
“Pensemos nos pequeninos, eh? Nos doentes que oferecem seus sofrimentos pela Igreja, pelos outros. Pensamos nos muitos idosos sozinhos, que rezam e oferecem. Pensemos em tantas mães e pais de família que levam avante com muita dificuldade a sua família, a educação dos filhos, o trabalho cotidiano, os problemas, mas sempre com a esperança em Jesus, sem aparecer, mas fazendo o que podem.”

Gansos na neve (Uma parábola sobre o sentido do Natal)

Quando cremos haver perdido o rumo, voltamos nossos olhos a Ele, que nos mostrará o rumo, que dará sentido a nossa existência.

As ruas começam a se vestir de festa, o ambiente começa a ficar diferente, os vendedores aproveitam as instâncias do momento para melhorar seus preços, enfeitam suas lojas, e claro, vendem tudo que podem. Se aproxima o Natal, para nós cristãos tem um sentido e valor único, recordar e fazer presente esse momento histórico, no qual Deus nos visita com um rosto humano; Ele decide, por amor, fazer-se homem e compartilhar 33 anos conosco. Sua passagem foi breve, mas marcou, indiscutivelmente, um divisor de águas em nossas vidas. Trouxe-nos uma mensagem de amor, paz, bem e perdão a todos os homens; oxalá, a partir deste momento do Advento, nossa corrida de preparação para o encontro com Jesus, e que, uma vez mais, esforçamo-nos para dar-lhe ao Natal um verdadeiro sentido.

Era uma vez, um homem que não acreditava em Deus. Não tinha escrúpulos de dizer o que pensava sobre a religião e das festividades cristãs, como o Natal. Sua mulher, ao contrário, era crente, apesar dos comentários desdenhosos do seu marido.

Quais são os talentos que o Senhor nos confia e como fazê-los frutificar?

Vaticano, 16 Nov. 14 / 11:46 am (ACI/EWTN Noticias).

O Papa Francisco recordou hoje, nas palavras pronunciadas antes da oração do Ângelus, a parábola dos talentos, e alentou os fiéis a não escondermos a nossa fé e pertença a Cristo.

Francisco destacou que “esta parábola nos exorta a não esconder a nossa fé e a nossa pertença a Cristo, a não enterrar a Palavra do Evangelho, mas a fazê-la circular na nossa vida, nas relações, nas situações concretas, como força que coloca em crise, que purifica, que renova”.

O Santo Padre assinalou, segundo a Rádio Vaticano, que “o Evangelho deste domingo é a parábola dos talentos, tirada de São Mateus. Conta sobre um homem que, antes de partir para uma viagem, convoca os servos e confia a eles o seu patrimônio em talentos, moedas antigas de grande valor”.

“O homem da parábola representa Jesus, os servos somos nós e os talentos são o patrimônio que o Senhor confia a nós. Qual é o patrimônio? A sua Palavra, a Eucaristia, a fé no Pai celeste, o seu perdão… em resumo, tantas coisas, os seus bens mais preciosos”.

Francisco destacou que “enquanto no uso comum o termo “talento” indica uma qualidade individual – por exemplo talento na música, no esporte, etc., na parábola os talentos representam os bens dos Senhor, que Ele nos confia para que o façamos dar frutos”.

“O buraco cavado no terreno pelo ‘servo mau e preguiçoso’ indica o medo do risco que bloqueia a criatividade e a fecundidade do amor”.

O Papa assinalou que “Jesus não nos pede para conservar a sua graça em um cofre! Jesus não nos pede isso, mas quer que a usemos em benefício dos outros”.

“É como se nos dissesse: ‘Aqui está a minha misericórdia, a minha ternura, o meu perdão: peguem-no e façam largo uso’. E nós, o que fazemos? Quem ‘contagiamos’ com a nossa fé? Quantas pessoas encorajamos com a nossa esperança? Quanto amor partilhamos com o nosso próximo?”.

“Qualquer ambiente, mesmo o mais distante e impraticável, pode se tornar lugar onde fazer frutificar os talentos. Não há situações ou lugares incompatíveis com a presença e o testemunho cristão”.

O Santo Padre destacou também “o perdão, que o Senhor nos dá especialmente no Sacramento da Reconciliação” e pediu que nós “não o tenhamos fechado em nós mesmos”.

“Não o tenhamos fechado em nós mesmos, mas deixemos que desencadeie a sua força, que faça cair muros que o nosso egoísmo levantou, que nos faça dar o primeiro passo nas relações bloqueadas, retomar o diálogo onde não há mais comunicação”.

O Papa disse que “o Senhor não dá a todos as mesmas coisas e no mesmo modo: conhece cada um de nós pessoalmente e nos confia aquilo que é certo para nós; mas em todos, em todos há algo de igual: a mesma, imensa confiança. Deus confia em nós, Deus tem esperança em nós! E isto é o mesmo para todos. Não o desiludamos! Não nos deixemos enganar pelo medo, mas vamos retribuir confiança com confiança!”.

“A Virgem Maria encarna esta atitude no modo mais belo e mais pleno. Ela recebeu e acolheu o dom mais sublime, Jesus em pessoa, e à sua volta O ofereceu à humanidade com coração generoso”.

“A ela peçamos para nos ajudar a sermos ‘servos bons e fiéis’ para participar ‘da alegria do nosso Senhor’”, concluiu.

Devoção à Sagrada Face de Cristo

Devoção à Sagrada Face de Cristo

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10433895_548684661928276_8281955219648514372_nEsta santa devoção teve origem com a impressão milagrosa do Rosto de Cristo no lenço de Verônica, uma tradição muito respeitada na Igreja. O Papa Bento XVI fez questão de venerar o Véu de Verônica na cidade de Manoppello na Itália, em setembro de 2006. Durante sua visita ao santuário, Bento XVI foi o primeiro Papa a poder novamente venerar a relíquia, meio milênio após seu desaparecimento da Basílica de São Pedro.
Esta devoção cresceu muito também por causa da importância que a Divina Face teve na vida de Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face. Outro fato que fortaleceu a devoção foram os surpreendentes estudos da figura de JESUS no santo Sudário de Turim; além das revelações à Irmã M. Pierina de Micheli (†1945), a mensageira da Sagrada Face dos últimos tempos.
Em maio de 1938, a Virgem Santíssima mostrou (em visão mística) à irmã Pierina, um escapulário formado de dois paninhos. Num ela viu a Face de JESUS com as palavras ao redor: “Ilumina, Domine, vultum tuum super nos” (Senhor, fazei resplandecer a Vossa Face sobre nós). No outro estavam escritas em volta de uma hóstia as palavras: “Mane nobiscum, domine” (Senhor ficai conosco). Lentamente Nossa Senhora se aproximou e disse:
“Escuta bem e transmite ao teu confessor que este escapulário é uma arma de defesa, escudo de fortaleza e penhor de misericórdia que JESUS quer dar ao mundo nestes tempos de sensualidade e de ódio contra DEUS e a Igreja. São poucos os verdadeiros apóstolos. É necessário um remédio divino e este remédio é a FACE de meu Filho.
Todos aqueles que usarem o escapulário, e sendo lhes possível, cada terça feira visitar o Santíssimo Sacramento fazendo “Uma Hora Santa”, para reparar os ultrajes que recebeu e continua recebendo meu Filho, cada dia, no Sacramento Eucarístico, serão fortificados na Fé, estarão prontos para defendê-la e hão de suportar todas as dificuldades internas e externas. Além disso morrerão serenamente sob o olhar de meu Filho”.
Semanas mais tarde JESUS apareceu também e disse:
“Quero que Minha FACE seja honrada com uma festa própria na Terça-feira da Quinquagésima (terça-feira de carnaval) e que esta
festa seja preparada por uma novena durante a qual todos os fiéis façam Comigo reparação”.
Em vez de fazer escapulários a Irmã Pierina mandou cunhar medalhas. Preocupada por isso recorreu à Nossa Senhora que novamente lhe apareceu dizendo:
“Minha filha, não se preocupe, pois, o escapulário é substituído pela medalha com todas as promessas e favores. Só resta difundi-la mais ainda. Ora, interessa-me muito a festa da Sagrada FACE de meu Filho. Diga ao Papa que esta festa muito me interessa”.
Irmã M. Pierina falou três vezes ao Papa e o Sumo Pontífice, ciente do pedido do Céu, não se fez esperar. No dia 15 de março de 1957, havendo já aprovado a propagação da medalha, facultou a celebração da festa, isto é, aos Beneditinos Sivestrinos de Roma. Em 10/01/1959 o Papa João XXIII concedeu a mesma licença, a todos os Bispos do Brasil.
Para merecer as graças prometidas é necessário:
Usar a medalha, contemplar com amor, muitas vezes a Sagrada FACE, zelar pela devoção, fazendo a Hora Santa, nas Terças-feiras, promover anualmente a novena em preparação à festa na terça-feira de carnaval, e seguindo o exemplo dos grandes devotos da Sagrada FACE, ler e meditar diariamente o Novo Testamento. Todos os dias rezar:
5 Pai Nossos… 5 Ave Marias… 5 Glórias… em honra das cinco chagas de Nosso Senhor JESUS CRISTO, rezando também a oração composta por Pio IX, e a aspiração que a segue:
“Ó meu JESUS, lançai sobre nós um olhar de misericórdia! Volvei Vossa Face para cada um de nós, como fizestes à Verônica, não para que A vejamos com os olhos corporais, pois não o merecemos. Mas volvei-A para os nossos corações, a fim de que, amparados sempre em Vós, possamos haurir nesta fonte inesgotável, as forças necessárias para nos entregarmos ao combate que temos que sustentar. Amém.
Senhor, mostrai-nos a Vossa Face e seremos salvos!”
Nota: No livro ORAÇÕES DE TODOS OS TEMPOS DA IGREJA (Ed. Cléofas) há outras orações desta devoção: A Ladainha da Sagrada Face, a Oração de Consagração à Sagrada Face, Novena à Sagrada Face, e outras orações.
Fonte: www.cleofas.com.br 

Santa Teresinha do Menino Jesus e sua entrega a Jesus Misericordioso.

Ato de oferenda ao amor misericordioso.

(Santa Teresinha do Menino Jesus e da Santa Face)

Ó meu Deus! Trindade Bem-aventurada! Desejo amar-Vos e fazer‑Vos amar, trabalhar pela glorificação da Santa Igreja, salvando as almas que estão na terra, e libertando as que estão no Purgatório. Desejo cumprir plenamente a vossa vontade, e chegar ao grau de glória que me preparastes no vosso Reino; numa palavra, desejo ser santa. Mas conheço a minha impotência, e peço-Vos, ó meu Deus, que sejais Vós mesmo a minha Santidade.

Já que Vós me amastes até me dardes o vosso Filho único para ser o meu Salvador e o meu Esposo, os tesouros infinitos dos seus méritos são meus: ofereço-Vo-los com alegria, suplicando-Vos que não olheis para mim senão através da Face de Jesus e no seu Coração ardente de Amor.

Ofereço-Vos também todos os méritos dos Santos (que estão no Céu e na terra), os seus actos de Amor, e os dos Santos Anjos. Finalmente, ofereço-Vos, ó Bem-aventurada Trindade, o Amor e os méritos da Santíssima Virgem, minha querida Mãe: é a ela que entrego o meu oferecimento, pedindo-lhe que Vo-lo apresente.

O seu divino Filho, meu Esposo Bem-amado, nos dias da sua vida mortal, disse-nos: «Tudo o que pedirdes ao meu Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá!». Tenho, portanto, a certeza de que atendereis os meus desejos.

Bem sei, ó meu Deus, quanto mais quereis dar, mais fazeis desejar. Sinto no meu coração desejos imensos, e é com confiança que Vos peço que venhais tomar posse da minha alma. Ah! não posso receber a Sagrada Comunhão tantas vezes quantas desejo, mas, Senhor, não sois Todo-poderoso?... Ficai em mim, como no Sacrário. Nunca Vos afasteis da vossa hostiazinha...

Quereria consolar-Vos da ingratidão dos maus, e suplico-Vos que me tireis a liberdade de Vos desagradar. Se, por fraqueza, cair algumas vezes, que logo o vosso divino olhar purifique a minha alma, consumindo todas as minhas imperfeições, como o fogo, que transforma em si próprio todas as coisas...

Agradeço-Vos, ó meu Deus, por todas as graças que me concedestes, especialmente por me terdes feito passar pelo crisol do sofrimento. Será com alegria que Vos contemplarei no último dia, levando o ceptro da Cruz. Já que Vos dignastes dar-me em herança esta Cruz tão preciosa, espero parecer-me convosco no Céu, e ver brilhar no meu corpo glorificado os sagrados estigmas da vossa Paixão... Depois do exílio da terra, espero ir gozar de Vós na Pátria, mas não quero acumular méritos para o Céu, quero trabalhar só por vosso Amor, com o único fim de Vos agradar, de consolar o vosso Coração Sagrado, e de salvar almas que Vos amarão eternamente.

Na noite desta vida, aparecerei diante de Vós com as mãos vazias, pois não Vos peço, Senhor, que conteis as minhas obras. Todas as nossas justiças têm manchas aos vossos olhos. Quero, portanto, revestir-me com a vossa própria Justiça, e receber do vosso Amor a posse eterna de Vós mesmo. Não quero outro Trono, nem outra Coroa, senão Vós, ó meu Bem-amado!...

Aos vossos olhos, o tempo não é nada: um só dia é como mil anos; podeis, portanto, num instante, preparar-me para aparecer diante de Vós...

A fim de viver num ato de perfeito Amor, ofereço-me como vítima de holocausto ao vosso amor misericordioso, suplicando-Vos que me consumais sem cessar, deixando transbordar para a minha alma as ondas de ternura infinita que estão encerradas em Vós, e que assim eu me torne Mártir do vosso Amor, ó meu Deus!...

Que este Martírio, depois de me ter preparado para aparecer diante de Vós, me faça, enfim, morrer, e que a minha alma se lance, sem demora, no eterno abraço do vosso Amor misericordioso...

Quero, ó meu Bem-amado, a cada palpitação do meu coração, renovar-Vos este oferecimento um número infinito de vezes, até ao momento em que, desvanecidas as sombras, possa reafirmar-Vos o meu Amor num face-a-face eterno!...


Oração composta por Santa Teresinha

O Pequeno Caminho "é uma via impregnada do sentido do abandono confiante à misericórdia divina". (São João Paulo II)

A «pequena via», caminho da confiança e do abandono total de si mesma à graça do Senhor.
(São João Paulo II)

Diante do vazio de tantas palavras, Teresa apresenta outra solução, a única Palavra da salvação que, compreendida e vivida no silêncio, se torna uma fonte de vida renovada. A uma cultura racionalista e com muita freqüência impregnada de um materialismo prático, ela opõe com uma desarmante simplicidade a «pequena via» que, retornando ao essencial, conduz ao segredo de toda a existência: o Amor divino que envolve e imbui a inteira aventura humana. Num tempo como o nosso, muitas vezes marcado pela cultura do efêmero e do hedonismo, esta nova Doutora da Igreja mostra-se dotada duma singular eficácia, para esclarecer o espírito e o coração daqueles que têm sede de verdade e de amor.

Santa Teresa é apresentada como Doutora da Igreja no dia em que celebramos a Jornada Mundial das Missões. Ela teve o ardente desejo de se consagrar ao anúncio do Evangelho e quereria coroar o seu testemunho com o supremo sacrifício do martírio (cf.Manuscritos autobiográficos). Sabe-se também com que intenso empenho pessoal ela susteve o trabalho apostólico dos Padres missionários Maurício Bellière e Adolfo Roulland, um em África e outro na China. No seu impulso de amor pela evangelização, Teresa só tinha um ideal, como ela mesma diz: «O que Lhe pedimos, é para trabalhar pela Sua glória, amá-l’O e fazer com que seja amado» Carta 220).

O caminho que percorreu para chegar a este ideal de vida não é o dos grandes empreendimentos reservados a um pequeno número mas, ao contrário, uma via ao alcance de todos, a «pequena via», caminho da confiança e do abandono total de si mesma à graça do Senhor. Não se trata de uma via a ser banalizada, como se fosse menos exigente. Na realidade ela é exigente, como o é sempre o Evangelho. Mas é uma via impregnada do sentido do abandono confiante à misericórdia divina, que torna suave até mesmo o mais rigoroso empenho espiritual.

Por esta via, na qual recebe tudo como «graça», devido ao fato de pôr no centro de tudo a sua relação com Cristo e a sua escolha do amor, em virtude do lugar dado também aos impulsos do coração no seu itinerário espiritual, Teresa de Lisieux é uma Santa que permanece jovem, apesar dos anos que passam, e é proposta como um modelo eminente e uma guia no caminho dos cristãos para o nosso tempo, que chega ao terceiro milênio.

Grande é, por isso, a alegria da Igreja, neste dia que coroa as expectativas e as orações de tantos que intuíram, com a riqueza do Doutoramento, este especial dom de Deus e lhe favoreceram o reconhecimento e o acolhimento.

(João Paulo II, 19/10/1997)

O Pequeno Caminho é um modelo de vida e santidade acessível a todas as pessoas

O grão de mostarda é considerado a menor das sementes semeadas na horta, e no entanto, ela se desenvolve a ponto de se tornar uma grande e bela árvore. Por esta razão ela representa bem as pequenas virtudes, as quais podem produzir uma grande santidade. De fato, os grandes santos atingiram sua santidade não tanto por pela prática de virtudes extraordinárias, para as quais as ocasiões são muito raras, mas com os atos repetidos e incessantes das pequenas virtudes.

Assim, São José não fez coisas extraordinárias; mas com a prática constante de virtudes ordinárias e comuns atingiu aquela santidade que o eleva muito além de todos os outros santos. Também Jesus não realizou sempre atos extraordinários e heróicos, como o afastamento da mãe e a morte de cruz. Mas quantos atos de virtude Ele fez e quanto mereceu!
(São José Marello)

O Padre Severino Dalmaso, OSJ,  ex Superior Geral dos Oblatos de São José, um dos maiores conhecedores de José Marello e certamente o seu maior biógrafo, registrou em seus escritos um ponto muito importante sobre São José Marello: a sua visão de que o “pequeno caminho” percorrido por José e Maria é um modelo de vida e santidade acessível a todas as pessoas. Ouçamos as palavras do Pe. Severino Dalmaso:

Para o Bem-aventurado José Marello, a figura de Maria era um caminho seguro para chegar a Jesus. "Vamos a Maria por meio de Jesus — costumava ele repetir — e a Jesus por meio de Maria: é este o caminho que devemos trilhar para chegar diretamente ao Céu".

Todos nós conhecemos a sua grande devoção a Maria Santíssima, que ele praticou com verdadeiro amor filial, considerando-a a Mãe da sua vocação, do seu sacerdócio e depois do seu episcopado. Poderíamos acrescentar que a devoção a São José era para ele uma consequência do seu grande amor a Maria; portanto esta também devia conduzir ao mesmo fim, o de amar e servir aos interesses de Jesus. Neste sentido ele dizia:

"Recomendemo-nos ao glorioso São José, guia e mestre da vida espiritual, modelo sublime de vida interior e escondida. Na sua vida familiar ele também se encontrou nas mesmas circunstâncias nossas. Imitemo-lo na prática daquelas virtudes humildes e escondidas que agradam muito a Deus e ajudam muito a alma a progredir e a santificar-se".

Como podemos ver, a devoção a São José devia conduzir à santidade, ou seja, à união com Deus, através da santificação das ações diárias e através do zelo nas atividades apostólicas. Desta maneira ele enunciava o "pequeno caminho" das virtudes simples que deveriam levar diretamente a Jesus, como foi a vida de Maria e de José, toda empregada em benefício do Filho de Deus Encarnado.
Assim, motivados pelas palavras e discernimento do Pe. Dalmaso, empenhemo-nos também nós para percorrer o “pequeno caminho”, cujos primeiros e maiores caminhantes foram Jesus, José e Maria. E isto pode ser feito seguindo as orientações de São José Marello: 
Cuidemos de santificar as pequenas coisas: um pequeno ato de paciência ou de caridade, acompanhado de reta intenção, adquire um imenso valor aos olhos de Deus.
São José não fez coisas extraordinárias; mas com a prática constante de virtudes ordinárias e comuns atingiu aquela santidade que o eleva muito além de todos os outros santos. 


Fonte: 
Semente Josefina - novembro de 2009 - 
Centro de Espiritualidade Josefino Marelliana  
www.sementesjosefinas.blogspot.com